por Jorge L. Coelho Porto Alegre, 20 de maio de 2017.
BAZAR 1X1 PSG
Sem dúvida alguma, foi a melhor partida que eu assisti do Bazar na farroupilha neste ano, disparado. Devo lembrar aos mais apressados que não estive presente no último jogo, onde, segundo os especialistas jogamos muito bem, abrimos dois gols de vantagem e cedemos o empate nos últimos minutos do jogo.
Mais uma partida de luxo do nosso meio de campo, que marcou como nunca e saía para o jogo tocando a bola em velocidade. Quero deixar claro que ninguém esteve abaixo de uma nota considerada boa no time que saiu jogando. Mas tenho o dever de destacar a saída muito qualificada do Piva. Marca muito bem e sai com rapidez e inteligência.
Acredito que a empáfia do PSG possa ter nos ajudado, afinal, eles nos subestimaram. Esta é a primeira lição para o Bazar: eles são melhores do que conseguiram jogar. Por nossos méritos e por este demérito deles, que certamente não irá se repetir se nos encontrarmos novamente mais a frente. Por que digo isso? Para que não caiamos no mesmo erro.
Eles iniciaram a partida procurando tocar a bola, mas é um time pesado embora técnico. E nosso time, ao contrário da partida da recopa, fez o que deve fazer contra adversários mais pesados: tocar a bola em velocidade. Eles não nos achavam e começaram a fazer cada vez mais faltas. Se o juiz não fosse tão conivente com as mesmas o jogo seria outro. Mas fazer o que? É esta a qualidade da arbitragem…
E as chances foram aparecendo. Se nosso gol saiu mais por uma falha do goleiro adversário e oportunismo do Ju de Los Santos criamos mais três chances incríveis de gol onde o goleiro fez duas defesas monstruosas e evitou o pior. Nesta fase, não me recordo de muito trabalho do Vini. Eles não chegaram tanto.
No segundo tempo continuamos pressionando, e o PSG também melhorou o que tornou o jogo muito eletrizante. Nosso time controlava o jogo e eles aumentaram a pancadaria… E o juiz, contemplando. Nesta fase houve três situações críticas que acabaram por definir o resultado da partida: uma chance perdida pelo Silveirinha que o goleiro conseguiu desviar para escanteio um chute dentro da pequena área, embora mascado com a grama, a expulsão do mesmo Silverinha junto com o adversário, após uma simulação de cabeçada do Silverinha e posterior confirmação de outra cabeçada, desta vez de verdade (eu vi assim). Tumulto, jogo parado, duas expulsões, e a partida foi para 51 minutos onde, em uma falha do Jordani a bola foi pro melhor jogador adversário – camisa 10 – e este não perdoou: 1-1.
Atuações: Vini – bem quando foi exigido, quase não deu rebote algum; Palermo: muita luta, muita marcação, boa partida defensiva; Anderson: muito boa atuação; Jordani: vinha fazendo uma partida um pouco abaixo de sua grande capacidade técnica, mas comprometeu a atuação quando não conseguiu – talvez por cansaço – livrar-se da bola que resultou no empate; Pequeno: excelente na defesa e no apoio. Travou um duelo ora técnico, ora violento com atacante muito chato do PSG; Piva: um dos nomes do jogo. Marcação inteligente, saída qualificada e rápida, grande partida; Matheus: um monstro em campo. No bom sentido, é claro! Desarmou, armou, atacou, defendeu, sensacional, um destaque sem dúvida. Quando ele joga o que sabe, o time todo cresce, um termômetro; Leandrinho: joga muito para o time, por isso aparece pouco. Muito eficiente; Ju de Los Santos: oportunista no gol, quase marcou em outras duas vezes com defesas excepcionais do goleiro adversário. Joga com inteligência e combina muito com o Bon Jovi, que foi muito bem, se deslocou com inteligência; entraram Silveirinha: que fez uma boa jogada, perdeu um gol e foi expulso; Juliano que não entrou bem, teve dificuldade de jogar em meio a pouco espaço e bolas longas no final do jogo e Vavá que entrou mas não conseguiu uma boa sequência na partida.
Foi um empate muito lamentado. Pela nossa posição na tabela, mas também pela nossa atuação. O jogo estava controlado. A vitória já estava atravessando a rua quando a lotação a pegou em cheio. Agora estamos na sexta colocação, ou seja, dentro da zona de classificação. Dependemos apenas de nós e de não deixar mais que as vitórias escapem por entre os dedos.
Por outro lado, nossa atuação começa a me fazer lembrar nosso time campeão do ano passado! Quem sabe não vamos subir de produção justamente no período decisivo da Farroupilha?
BAZAR MASTER 6 a 4 FAÍSCA FC – jogo em Alvorada
E o BMM continua surpreendendo. De forma muito positiva! Mesmo com o time bastante modificado, e com um adversário fazendo a estreia de seu uniforme, o que sempre motiva, jogamos de forma sólida e pragmática e conquistamos mais uma vitória e nos mantivemos invictos neste ano já não tão novo.
Em verdade, a grande figura do jogo foi o juiz. Caseiro ao extremo, embora aparentasse honestidade – o que eu não duvido sinceramente – ele simplesmente transformou uma partida que tinha tudo para ser uma goleada histórica em um jogo mais parelho e de placar enganoso, tamanha nossa superioridade.
Começamos a partida com uma marcação forte na defesa e no meio, procurando tocar e girar a bola, em um campo de dimensões jurássicas. Lá mesmo, onde o Fett fez um dos seus dribles mais memoráveis – dupla caneta entre as pernas do adversário, o BMM não teve dificuldades em abrir o placar com o Juliano duas vezes, e o Felipe com um chute em cobertura com classe para fazermos 3 a 0 sem tomarmos conhecimento do adversário. Pra não ser injusto, o Zamorano fez umas três defesas sensacionais em cabeçadas de escanteio, e em chutes de fora da área. Mas o Faísca não conseguia entrar na mesma. Aí o Juiz começou a esquentar as coisas.
Em primeiro lugar, um lançamento do meio de campo pegou o atacante adversário em impedimento clamoroso. Não houve dúvidas. Simplesmente, o cara estava a uns 3 metros do nosso último homem. E quando a bola veio pra ele, ele dominou meio que já quase largando a pelota com a cabeça meio cabisbaixa até se dar conta que o juiz validara tudo. Só teve o trabalho de tocar pro gol.
Logo depois, um atacante entrou correndo entre o Christian e eu, e caiu com a bola presa nos pés chocando-se com o Christian pelas costas deste, falta de ataque no máximo, e o juiz deu pênalti. Não tive animo nem de reclamar. O cara era muito, muito ruim. 2 a 3.
Fizemos com Buda e Juliano 5 a 2 no segundo tempo. Eles iniciaram uma reação e diminuíram para 5 a 4. Só que na base de faltas absurdamente ignoradas pelo juizeco. Quando vencíamos de 5 a 2, o Christian entrou pela direita dentro da área do Faísca, cortou o lateral pelo meio e sofreu um chute sem bola, pênalti claro. Mas ele seguiu e o zagueiro veio e chutou o peito dele, sem sequer se importar onde estava a bola. Novo pênalti, agressão pra vermelho, e o juiz disse que ele se jogara!
E outros lances absurdos que o juiz ignorou em favor do adversário. Felizmente, neste momento de maior perigo o Lazaretti fez o sexto gol que colocou ordem no galinheiro: 6 a 4 BMM.
O time formou com Zamorano: excelente em todos os fundamentos; Christian de boa atuação; Coelho: bem (não vou falar bem de mim, né? Eheheh), Chico: muito bem, mas as vezes preguiçoso e Ilton: de boa partida; Marco: excelente, embora saísse demais as vezes pro ataque; Binho: o cara do jogo. Atuação convincente, duas assistências para gols, muita habilidade e inteligência no jogar; Peter: boa partida, embora um pouco discreto; Felipe: um belo gol, bons passes e saiu porque sentiu lesão; Miguel: parece ser bom jogador, toques com habilidade, um lance em que arrancou de trás e faria fatalmente o quarto gol no primeiro tempo anulado por um impedimento louco do juiz, mas saiu cedo por lesão; Juliano: outro nome do jogo. Três gols, muita movimentação e vitória pessoal na força sobre a zaga adversária; Eduardo: boa participação! Entrou bem no jogo; Volmar: boa partida acertou bons passes e ajudou na marcação; Buda: ótimo jogo, muita movimentação, deixou sua marca; Lazaretti: bom jogo, e foi premiado com o gol que definiu o jogo tirando do adversário o ímpeto pelo empate; e Rudinei: excelente, muito coração marcando todo o campo adversário.
O BMM está indo bem. Temos ainda alguns percalços pela frente: jogos aos sábados é dureza, dificuldade de juntarmos todos em todos os jogos, etc. Mas já temos hoje um grupo que agrega qualidade e respeito. Os resultados tem sido obtidos a partir deste equilíbrio que conseguimos com jogadores de zaga, lateral meio campo e ataque, o que nos dá uma espinha dorsal que tem mantido o time arrumado mesmo quando desfalcado. Acho que podemos fazer um bom campeonato e estamos trabalhando pra isso. Tem sido gratificante manter este grupo!
Parabéns pelo resultado, Bazar!
Era isso.